A MARA Holdings, uma das maiores mineradoras de Bitcoin e anteriormente conhecida como Marathon Digital, divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2025, marcados por um prejuízo líquido de US$ 533 milhões. O resultado decorre, principalmente, de ajustes negativos de US$ 510 milhões relacionados à avaliação de suas reservas de Bitcoin, seguindo novos padrões contábeis para criptoativos. A empresa quase triplicou seu estoque de Bitcoin nos últimos 12 meses, atingindo 47.531 BTC, o segundo maior volume entre companhias de capital aberto, totalizando cerca de US$ 4,9 bilhões, impulsionados por um período em que o Bitcoin chegou a ser cotado acima de US$ 102 mil. Apesar disso, a produção de Bitcoin da MARA caiu 19% no trimestre, reflexo direto do halving ocorrido em 2024, que reduziu as recompensas de mineração.
Mesmo com o aumento anual de 30% na receita, que atingiu US$ 214 milhões, os resultados ficaram levemente abaixo das expectativas de Wall Street. O desempenho da MARA reflete uma tendência comum entre mineradoras de Bitcoin, como Riot Platforms e CleanSpark, que também relataram dificuldades semelhantes devido ao aumento dos custos e à redução das margens com o halving. Ainda assim, a MARA sustenta uma posição de liquidez robusta e reforça sua estratégia de longo prazo, enxergando o Bitcoin como um importante instrumento de proteção em ambientes econômicos incertos.