O Bitcoin (BTC) vem demonstrando força ao superar a marca dos $100 mil, estabelecendo um suporte mais sólido em comparação às volatilidades vistas em ocasiões anteriores, como durante a vitória presidencial de Donald Trump, quando o preço chegou rapidamente a $109 mil antes de corrigir por conta da instabilidade econômica. Atualmente, a criptomoeda está estável em torno de $103 mil, com valorização modesta nas últimas 24h.
Segundo Michael Saylor, fundador da MicroStrategy, o movimento de alta encontra resistência à medida que investidores de curto prazo e detentores não estratégicos — como governos, advogados e curadores de falências — aproveitam o momento para liquidar posições, limitando a velocidade de ascensão rumo aos $150 mil. Este fenômeno, aliado à liquidez proporcionada pelo Bitcoin, torna-o alvo de operações rápidas de venda ou alavancagem em momentos de instabilidade macroeconômica.
No entanto, Saylor enfatiza que parte relevante do BTC está migrando para as mãos de instituições e investidores de longo prazo, por meio de ETFs à vista e estratégias de tesouraria corporativa. Dados recentes indicam mais de $564 milhões em influxo para ETFs de Bitcoin nos últimos cinco dias, e a MicroStrategy já contabiliza ganhos superiores a 50% sobre o preço médio de aquisição. Além disso, com o apoio institucional reforçado, o ambiente de negociação do BTC tende a se tornar ainda mais resiliente e sustentável no longo prazo.
Os indicadores técnicos (RSI, CMF) refletem persistência do momento de otimismo, apontando pressão compradora e entrada consistente de capital. Contudo, há sinais de sobrecompra e osciladores sugerem possibilidade de correção ou consolidação no curto prazo, especialmente à medida que a volatilidade se retrai e o volume não confirma tendências imediatas. O cenário é de indecisão entre nova disparada e uma pausa para ajuste. O rompimento dos $108 mil pode abrir caminho até $120 mil, enquanto quedas abaixo dos suportes recentes podem levar a retrações até a faixa dos $93 mil.