Autoridades alemãs apreenderam €34 milhões em criptomoedas da plataforma eXch, após alegações de que o serviço facilitava lavagem de dinheiro, inclusive valores provenientes do hack de US$ 1,4 bilhão da Bybit. A operação, conduzida pelo Escritório Federal de Polícia Criminal (BKA) e o Ministério Público de Frankfurt, também resultou no fechamento da infraestrutura de servidores alemã da eXch e na coleta de mais de oito terabytes de dados.
As investigações apontam que eXch atuava desde 2014 como serviço de troca (“swapping”) sem a devida implementação de políticas AML (Anti-Money Laundering), facilitando transações de cerca de US$ 1,9 bilhão, parte consideradas de origem criminosa. Além dos recursos vinculados à Bybit, a plataforma também teria sido utilizada para lavar ativos provenientes de outros grandes roubos no setor, como os casos Multisig, FixedFloat e Genesis Creditor.
Entre os criptoativos apreendidos estão Bitcoin (BTC), Ether (ETH), Litecoin (LTC) e Dash (DASH). A ação reforça o endurecimento do controle regulatório alemão e europeu contra plataformas não compatíveis, aumentando a pressão por conformidade no setor. Como reflexo imediato, grandes corretoras já revisam protocolos internos de KYC e reforçam medidas de compliance para evitar sanções, enquanto especialistas antecipam impactos nos custos e uma mudança no ambiente regulatório global de criptoativos.