Bitcoin está no centro de uma transformação financeira global, segundo David Bailey, CEO da Bitcoin Inc. e conselheiro próximo do presidente dos EUA, Donald Trump. Em entrevistas recentes, Bailey argumentou que o processo que levará o BTC a se tornar o principal ativo de reserva mundial está ocorrendo mais rápido do que muitos previam, impulsionado por uma confluência de fatores políticos, econômicos e tecnológicos.
Adoção por governos e fundos soberanos já está movimentando capital significativo em direção ao Bitcoin, marcando uma mudança estrutural na política econômica internacional. Países como Butão e República Centro-Africana destacam-se: o primeiro já gera até 50% do seu PIB com mineração de Bitcoin, enquanto o segundo oficializou o BTC como moeda legal e investe em infraestrutura de mineração como estratégia de desenvolvimento nacional e resiliência frente a sistemas financeiros tradicionais.
No contexto norte-americano, Bailey revelou o esforço para integrar o Bitcoin como pilar da campanha de Trump, destacando o potencial eleitoral da comunidade cripto nos EUA. A presença crescente de fundos soberanos e empresas listadas no mercado, a exemplo do modelo MicroStrategy, é um indicativo de que a escassez de oferta pode, segundo Bailey, “forçar a valorização dos preços”.
No entanto, Bailey salienta que a entrada estrutural de agentes institucionais traz riscos sistêmicos, já que eventual queda acentuada no preço do BTC poderia desencadear contágio financeiro global, dada a interligação crescente entre mercados acionários e o ativo digital. Por outro lado, a independência financeira que o Bitcoin proporciona é encarada como um fator de segurança nacional e de modernização da infraestrutura dos países envolvidos.
Embora desafios regulatórios e técnicos persistam, o ritmo da adoção soberana sugere que a integração do Bitcoin na arquitetura financeira global pode se concretizar em horizonte mais curto do que o antecipado.